quarta-feira, março 15, 2006

A Verdadeira Estória de Nada (Parte III - Sandro, Ricardo e Bruno)

Sandro: Ontem não pude vir aqui ao bar. Vocês vieram?
Bruno: Não. Fui a um bar que tinha umas miudas podres de boas. Vocês hão-de ver. Vou-vos lá levar.
Ricardo: Eu fiquei em casa. Trabalho, lembram-se?
Empregado: Boa Tarde. Vão tomar alguma coisa?
Bruno: Num final de tarde tão bom como este apetece-me uma imperial.
Sandro: Martini Bianco.
Ricardo: Uma água.
Bruno: Água?! Tas parvinho? Bebe qualquer coisa em condições...
Ricardo: Uma água por favor.
Empregado: Com certeza. Trago já.
Bruno: O que é que te deu? Não bebes?
Sandro: Deixa-o em paz. Se ele que beber àgua que beba àgua.
Bruno: Fogo! Pareces o protector dele.
Sandro: Deixa-te de merdas.
Empregado: Aqui está o que pediram... Infelizmente a água é natural. Não temos fresca. Quer trocar por outra coisa?
Ricardo: Não obrigado. Eu até prefiro natural.
Bruno: Sempre chegaste a sair com a miúda que te apresentei no outro dia? Ela estava farta de pedir o número do "Sandrinho".
Sandro: Não. Enão gosto que gozes com o meu nome.
Bruno: Porquê? A miuda era boa!
Sandro: Tenho mais que fazer do que andar a sair com as miúdas que me arranjas.
Ricardo: Eh pa! Oh Bruno. Por acaso também gostava que parasses de me arranjar encontros. Já não tenho paciência.
Bruno: Vocês são mesmo tótós. Chegam a parecer paneleiros.
Sandro: Deixa-te de merdas.
Ricardo: Está calor aqui...
Bruno: Amanhã não posso vir aqui ao bar. Vou à para a santa terrinha. Só venho na segunda-feira. Vocês vêm?
Sandro: Não. Tenho um relatório para entregar e estou muito atrasado. Por falar nisso vou para casa agora se não nunca mais acabo aquela merda. Ricardo, pagas-me o Martini?
Ricardo: Claro que sim. Depois liga para tomarmos um copo.
Bruno: Que românticos.
Ricardo: Está calor.
Sandro: Deixa-te de merdas Bruno. Vou embora. Tchau.
Ricardo: Tchau.
Bruno: Tchau.
Ricardo: És capaz de parar de mandar bocas?
Bruno: O que é que eu fiz?
Ricardo: A dos paneleiros foi demais não achas?
Bruno: Desculpa. Mas sabes bem que eu não quero que ele desconfie.
Ricardo: A passares-me a mão pela perna da maneira que fazes, admira-me que ele ainda não desconfie.
Bruno: Nem acredito que vamos ter um fim de semana só nós os dois.
Ricardo: Amo-te
Bruno: Eu também te amo.

3 Comments:

Blogger Glaukwpis said...

Eu ficaria pelo Bianco... nada de afagos em pernas alheias!
Relativamente à "Verdadeira Estória do Nada", começo a gostar mais do teu estilo literário ( a nomenclatura é mesmo pomposa, não é?!). Está mais realista, mais livre e solta. Lê-se de forma leve e os sintagmas são simples e bem organizados. Não te vou perguntar se andas a fazer uma espécie de "crónico-conto" da periferia do teu quotidiano, porque isso mereceria uma virada de costas, como costuma fazer o arrogante do Lobo Antunes ( se calhar é por isso que gosto dele).
Pena não escreveres com frequência, pelo menos aqui no blog!
Um abraço com o espírito do Bianco!

18/3/06 10:52  
Anonymous Anónimo said...

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