quarta-feira, março 29, 2006

A Verdadeira Estória de Nada (Parte VI - A Vingança)

Sara: Acabei de entrar num bar. Está mesmo calminho. Vou beber um whisky.
Silvia: Sara, mas tu não bebes.
Sara: Hoje bebo. Ele está num hotel a foder com uma pindérica qualquer. Claro que tenho de beber.
Silvia: Não faças isso. Olha, queres vir até cá a casa? Fumamos um charro, jantas cá e passamos a noite a falar mal dele. Amanhã acabas com ele.
Sara: Não. Obrigado amiga. Hoje prefiro a vingança.
Silvia:O que é que vais fazer?
Sara: Não te preocupes. Não vou fazer nada que me arrependa depois. Mas hoje vingo-me daquele cabrão.
Silvia: Tem calma amiga.
Sara: Não te preocupes. Telefonei-te para falar um bocado. Vou-me sentar numa mesa e beber.
Silvia: Mas eu ficava menos preocupada se viesses até minha casa.
Sara: Não. Hoje não. Tenho de me vingar. Não fiques preocupada. Vai lá estudar. Beijinhos e obrigada por me teres ouvido.
Silvia: Beijinhos. Vê lá o que vais fazer.

Hoje vou-me vingar daquele cabrão. Ele vai ver o que é bom. Vou-lhe por os cornos com o primeiro que me aparecer.
Ora está ali mesmo a vitima. Com ar de indeciso.... Que patético... Não larga o telemovel.

Empregado: Boa tarde. O que vai tomar?
Sara: Um whisky.

Faço-lhe olhinhos... dou-lhe dois sorrisos... realço o decote e ele vai ficar em brasa...
Já está a olhar.
Isso parvalhão. Olha... Olha bem... Tu não sabes, mas hoje és a presa... Quem te vai comer sou eu.

Empregado: Aqui está o seu whisky.

Hmmm... Aqui servem um bom whisky... Parece velho. Às tantas o empregado também me está a tentar saltar em cima. Não me admirava nada. Os cabrões dos homens são todos iguais...
Mais um sorriso... Isso aproxima-te... Vem à mamã.

Carlos: Boa tarde... Posso me sentar?
Sara: Não sei... Não costumo falar com estranhos...
Carlos: Estamos os dois a beber whisky às 7 da tarde... Parece-me que temos algo em comum. Por isso não smos estranhos.
Sara: Esta bem... Conseguiu o bilhete para se sentar, mas isso não indica que tenha conseguido o bilhete para permanecer sentado.
Carlos: O meu nome è Carlos. Posso-lhe perguntar o seu?
Sara: Maria.
Carlos: Muito prazer Maria.

Meia hora de conversa e vais fazer um convite para irmos jantar. Digo-te que sou directora de uma empresa e que adoro andar nua em casa. Vais ficar a achar que sou a mulher fatal. Coitadinho. Tótó.

Carlos: Maria posso convidá-la para jantar?
Sara: Só se me tratares por tu...
Carlos: Prometo.
Sara: Então pode ser. Não me apetece jantar sozinha de qualquer das formas...
Carlos: Vou só enviar uma mensagem... É só um momento.
Sara: Para a tua namorada?
Carlos: (atrapalhado) Não. Para um amigo que vinha aqui ter. Vou-lhe dizer que combinamos outro dia. Tenho coisas mais importantes para fazer.
Sara: Que simpático... És sempre assim?
Carlos: Só quando estou com pessoas que merecem a minha simpatia.

Já estás apanhado. Amanhã quando te aperceberes que desapareci e que apenas te usei por uma noite vais-te sentir o verdadeiro palhaço.
Porque é que isso não me faz sentir melhor?...

3 Comments:

Blogger Glaukwpis said...

Continua, Judas, continua :)

2/4/06 00:03  
Blogger Marisa said...

... e depois?!!
COnta... conta!

9/4/06 23:11  
Anonymous Anónimo said...

That's a great story. Waiting for more. »

2/3/07 19:46  

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