segunda-feira, abril 10, 2006

A Verdadeira Estória de Nada (Parte VII - A verdadeira estória)

"A verdadeira estória de naDA. Silvia"

«Oh! Meu Deus.... Vou telefonar já para a polícia.
Estou? Acho que recebi notícias dela.... Despachem-se por favor.»

Inspector Relvas: Quando foi a última vez que esteve com ela...
Mãe: Já lá vão dois anos. Depois de ela acabar a faculdade nunca mais tive notícias dela. Não sei onde ela possa estar. O que se passa senhor agente?
Inspector Relvas: Para já nada. Mas o senhorio ligou a dizer que ela já não paga a renda há dois meses e não sabe dela. Nem os amigos.
Mãe: Não acredito... A Silvia sempre foi boa pagadora. Estou a ficar preocupada.


Inspector Relvas: Ainda não sabemos de nada minha senhora... Lamentamos... Mas assim que soubermos vamos contactar-vos.
Mãe: Eu não aguento. O que é feito da minha Sara...
Pai: Calma. A Sara é crescidinha. Ela sabe o que faz.
Mãe: Ela nunca esteve tanto tempo sem dizer nada. Que Deus a proteja.
Pai: Não chores... calma.
Inspector Relvas: Nós vamos voltar para a esquadra. Qualquer novidade comunicamos. Façam o mesmo por favor.

Andreia: Relvas! Acabei de saber que o senhorio da Sílvia telefonou a dizer que recebeu um bilhete estranho e estava assinado por ela.
Inspector Relvas: Vamos!

Aqueles ainda estão vivos. Que estranho... já deviam estar redondos no chão como os outros. Não entendo.
Vamos brincar mais um bocadinho... Onde está o microfone? Ah! aqui está. Olá meninos. Estão-se a divertir? Não olhem para mim com essa cara. Este é o melhor reality show que já ví até hoje. Têm fome? Oh! Claro que têm. Que carinhas esfomeadas... Eu mandava-vos um hamburguer igual ao que estou a comer agora, mas pode estar envenenado... ahahahah. Não olhem assim para mim... O nosso amigo bruno comeu porque quis. Além disso, pelo menos não morreu com fome. Morreu feliz...
Como eu gostava de ouvir as vossas vozes neste momento... Parece que estão a gritar. Assim não podemos conversar. Mas voces sabem que eu adoro conversar convosco. Por isso já mandei arranjar o sistema de som. Não se preocupem. Temos muito tempo...
Ainda bem que vocês ainda estão vivos. Ia sentir uma extrema solidão se já não tivesse mais ninguém com quem falar. Vocês são fenomenais. Amigos.
Agora voces devem-se estar a perguntar o que é que eu quero desta vez. Eu hoje estou um bocado tagarela e com muito boa disposição e acabei por me distrair.
O que eu quero é que vocês tenham uma boa refeição. Lá em baixo, onde estão os vossos amiguinhos está uma mesa cheia de comida. Eu sei que não é propriamente o melhor sítio para deixar comida, mas foi a melhor forma de manter as audiências... Vocês vão ter de ir lá abaixo buscar a comida. Cada um dos vossos amigos tem uma pequena oferenda para vós. Aproveitem. Ah! Quase me esquecia. Um de vós foi nomeado e eu já sei quem foi, mas só vou dizer quando os microfones estiverem bons de novo. Afinal de contas quero saber qual foi a reacção da pessoa nomeada da própria boca. Aproveito para vos garantir que a comida não está envenenada. Podem acreditar. Alguma vez vos enganei?

Inspector Relvas: Assinado? Isto está tudo escrito a computador... tu disseste que estava assinado.
Andreia: Foi o que o senhoria disse. Está aí o nome dela. Ele pensa que foi ela.
Inspector Relvas: De qualquer das formas é exactamente igual aos outros. Apenas muda o nome. Já conseguiste saber alguma coisa do laboratório?
Andreia: Nada. Apenas que existe alguma mensagem escondida por trás do que está escrito no papel.
Inspector Relvas: Estou cada vez mais baralhado. E não gosto nada de estar baralhado. Ainda por cima calha-me uma estagiária na rifa para um caso destes. Que raiva!
Andreia: Acho melhor nem comentar. A partir de hoje trato-te por Inspector aliás, por sua excelencia. Fique sua excelência a saber que fiquei ofendida consigo, percebeu senhor inspector?.
Inspector Relvas: Deixa-te de coisas. Jantamos em tua casa?
Andreia: Não. Vais jantar a casa da tua mãmã.
Inspector Relvas: Pronto Vai fazer birra agora.