Dó
Tenho dó de mim... de ti... de nós. Tenho dó de tudo o que não vivemos porque temos medo, de tudo o que não fazemos porque achamos que não vai dar certo.
Tenho dó do amanhecer porque cedo se fará noite, do anoitecer porque é triste, mas cedo amanhece.
Dó do verde e do amarelo, pela inocência e pelo sofrimento que significam, do laranja porque cedo apodrece.
Tenho dó de mim... de ti... de nós. Tenho dó daquilo em que me tornaste e daquilo em que te tornei, da minha culpa e da tua.
Dó do ré, do mi, do fá e de todos os outros tons musicais que me tentam a sentir, mas não sinto nada.
Tenho dó do céu e da terra, da lua e do sol, da neve e da chuva por serem tão reais.
Tenho dó de ti porque estás assim e de mim por assim estar. Tenho dó de ti porque te quero feliz e de mim porque não consigo dizer essa palavra, embora a sinta algumas vezes, talvez até demasiadas, o que me faz sentir dó de quem não a sente, mas também dó de mim por não ter coragem para admitir.
Tenho dó de mim quando canto, quando choro, quando rio, quando quero e quando não. Tenho dó porque se canto não chega, se choro é demais, se rio talvez não devesse e porque não sei sei o que quero ou não.
Tenho dó do átomo porque é instável e do tempo porque é estável demais.
Tenho dó da minha garganta porque não tem forças para dizer e da tua porque já disse.
Tenho dó de mim... de ti... de nós.Tenho tanto dó que não consigo cantar outra nota.
Tenho dó do amanhecer porque cedo se fará noite, do anoitecer porque é triste, mas cedo amanhece.
Dó do verde e do amarelo, pela inocência e pelo sofrimento que significam, do laranja porque cedo apodrece.
Tenho dó de mim... de ti... de nós. Tenho dó daquilo em que me tornaste e daquilo em que te tornei, da minha culpa e da tua.
Dó do ré, do mi, do fá e de todos os outros tons musicais que me tentam a sentir, mas não sinto nada.
Tenho dó do céu e da terra, da lua e do sol, da neve e da chuva por serem tão reais.
Tenho dó de ti porque estás assim e de mim por assim estar. Tenho dó de ti porque te quero feliz e de mim porque não consigo dizer essa palavra, embora a sinta algumas vezes, talvez até demasiadas, o que me faz sentir dó de quem não a sente, mas também dó de mim por não ter coragem para admitir.
Tenho dó de mim quando canto, quando choro, quando rio, quando quero e quando não. Tenho dó porque se canto não chega, se choro é demais, se rio talvez não devesse e porque não sei sei o que quero ou não.
Tenho dó do átomo porque é instável e do tempo porque é estável demais.
Tenho dó da minha garganta porque não tem forças para dizer e da tua porque já disse.
Tenho dó de mim... de ti... de nós.Tenho tanto dó que não consigo cantar outra nota.
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