segunda-feira, junho 04, 2007

Sem dó nem piedade

Mataste-me... sabias?
Aniquilaste os meus sentidos... arruinaste as minhas crenças...
Abalaste todas as fundações do meu ser... da minha existência...
Tornaste a duvida na incerteza e a incerteza no correcto...
Já não existe errado? Não sei... tenho duvidas.
Entraste em mim... tão fundo... tão profundo... que já não me sinto eu.
Sou outra pessoa... outro alguém. Outra vida?... Outra morte?
Abandonaste-me nas nuvens e agora tenho medo de cair... e de descer...
Estou à tua espera. Será que vens?...
Coloco um pé de fora... outro... o corpo todo. Deixo-me pendurado pelas mãos...
Que sensação agradável... maravilhosa... revitalizante...
Porque me mataste?
Foste mais certeiro que uma flecha envenenada. Que doce esse veneno... Que doce esta morte...
Agora só estou seguro por uma mão e deixo-me cair nesta sensação de liberdade...
Estou a voar... Sinto-me a renascer... talvez para morrer de novo... quem sabe...
Mataste-me sem dó nem piedade... Obrigado!

1 Comments:

Blogger Didática do Silêncio © said...

Depois de uma morte... renascemos... sempre mais fortes, mais plenos nas próximas etapas.

13/10/08 21:51  

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